|   A indústria  automobilística brasileira começou anonimamente nas pequenas oficinas, nas  garagens, nos galpões de fundo de quintal. Quem poderá, em sã consciência, dizer  quem, quando e como foi montado o primeiro carro brasileiro, no  Brasil? Deve ter  havido dezenas, centenas de casos que se perderam no anonimato das iniciativas  privadas e no pioneirismo dos montadores improvisados. Sem poder  citar todos os nomes, declinamos como homenagem a todos, dois fatos, duas  histórias. Por volta de  1925 a 1928 (a tradição oral não precisa a data), uma conhecida fábrica em São  Cristóvão, construiu um carro nacional. Fizeram tudo: chassis, carroceria, caixa  de mudanças, etc. Só o motor não era nacional. A segunda  história foi contada por Sérgio Ferreira, que, quando meninote, fascinado pela  vertigem da velocidade, ganhara um pequeno carro de "O Globo" para disputar  corridas na Praça Paris. Um acidente com um garoto interrompeu essas corridas,  mas Sérgio, ajudado por seu irmão e até pelo seu pai, fez a martelo e forja, um  pequeno carro de corrida a que chamaram "Sucata". E "Sucata", verde e amarelo,  fez sucesso pelos idos de 1937. A iniciativa  privada, mais precisamente a indústria de auto peças, deu início à indústria  automobilística do Brasil. Antes havia apenas montagens de peças e acessórios  importados.  Às vésperas  da 2ª Grande Guerra nossa indústria de auto peças não passava da feitura de  pneus, mangueiras, molas planas, baterias e carrocerias rudimentares de  caminhões. Quando  começou a guerra o Brasil possuía entre carros, caminhões e utilitários de toda  espécie, cerca de 200 mil veículos. Duzentos mil veículos de todas as marcas e  de todos os países do mundo, pois naquela época a importação era franca.  Veículos que, de uma hora para outra, ficaram sem peças de reposição com a  interrupção do mercado europeu, primeiro; e com o parque industrial  norte-americano todo voltado para o esforço e a prioridade da guerra,  depois. Quando o  próprio combustível começou a se tornar escasso, surgiu até uma nova indústria:  a dos gasogênios. Uns monstrengos, no início; e no final, até sofrivelmente  práticos. Mas a  verdade é que no fim da guerra, em 1945, e com todas as deficiências do apuro  técnico, o Brasil já possuía modesto parque industrial de auto-peças. Daí por  diante começa, lentamente, a volta da importação e umas poucas máquinas e  Mas quando a  importação normalizou (1951) os responsáveis pelo destino do país ficaram  alarmados com um novo perigo: a queima de divisas na fome de veículos que o país  atravessava. Para se ter  idéia da gravidade do problema, basta dizer que somente em dois anos, de 1951 a  1952, o Brasil importou em números redondos 200 mil veículos que,  aproximadamente, consumiram 540,9 milhões de dólares! Exatamente a mesma  quantidade de veículos que existiam antes da guerra. Foi aí que  se pensou, em termos de planejamento, em montar um parque industrial  automobilístico brasileiro.  | 
EU FIZ ESSE BLOG PARA MEU AVÔ ISMAEL QUE ADORA CARROS E MOTOS,E PRA TODOS QUE CURTEM TAMBÉM..... ***DEUS SEJA LOUVADO***
domingo, 10 de julho de 2011
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