domingo, 11 de setembro de 2011


O meu SUV é maior que o teu



Em pleno debacle do equilíbrio ambiental e perante a crise universal de consciências, a indústria automóvel decidiu agir em prol do bem comum. Lançou um veículo particularmente vistoso, ideal para os burgueses que não querem passar os seus últimos anos na terra sem terem a certeza de que alguém reparou neles. O automóvel em causa designa-se por SUV (Sport Utility Vehicle). Cruza o porte de um todo-o-terreno com os desempenhos de um desportivo e a ostentação de uma berlina de luxo. É grande, é potente, é caro, e tem a vantagem de provocar estragos ambientais na cidade, na estrada, no campo, ou por onde quer que os seus intrépidos proprietários decidam passeá-lo. Em tempos costruíam-se Jeep,Land-Rover, mais tarde Land-Cruiser e Pajero. Máquinas com utilidades e aplicações específicas (não por isso menos poluentes), feitas para costados rijos. Nos EUA, os Hummersaíram das fileiras do exército para os centros urbanos. A população cedo viu nestes carros gordos e gastadores o reflexo de um status quo que passava essencialmente por a galinha da vizinha não poder ser maior que a minha. Em meados dos anos 90, imponentes Chevrolet, GMCDodge e Range Rover povoavam os subúrbios, fazendo tremer a generalidade dos condutores com a possibilidade de desentendimentos na rodovia. O número de peões atingidos por viaturas de grande porte também aumentou e, geralmente, o SUV levou a melhor. Hoje em dia, versões europeizadas e finórias destes carros, fabricados por quase todos os construtores mundiais, decoram as vias de países ricos e civilizados como, por exemplo, Portugal. É um sinal de progresso, decerto, ver um VW Touareg (como o nome indica, ideal para uso citadino) estacionado nas ruas amplas deste país, a ocupar quase tanto de passeio quanto de estrada. Também é bom saber que o seu intrépido condutor faz frente à crise petrolífera com a mesma audácia e capacidade de análise que levou D. Sebastião a atirar-se àqueles homens maus e feios para os lados de Portimão. Com estas bestas a engolirem mais combustível por quilómetro do que uma frota de Smart aos cem, a despejarem quantidades inomináveis de dióxido de carbono na atmosfera, a atafulharem ainda mais o já abarrotado trânsito citadino e a constituírem um perigo rodoviário se conduzidos por tiazorras lambuzadas a zurrar ao telemóvel, a sua existência não é apenas um contrasenso, é mais uma manifestação da infinitude da estupidez humana. Curiosamente, onde tudo começou, a General Motors está a descontinuar estes carros. As motivações são supostamente ambientais, mas todos sabemos que o “ambiental”, neste contexto, tem um sentido muito alargado. Não há combustível, a crise está a atingir proporções épicas, a procura caiu drasticamente, o estatuto converteu-se em estigma e as fábricas estão a fechar as portas. É sabido que a existência dos SUV tem um fim à vista, mas os construtores não cessam de apresentar novos pregos para o caixão da Terra. Até os favoritos da família, RenaultCitroënFiat e, claro, VW, aderiram entusiasticamente a esta moda suicida. Isto até ao dia em que, interditos os popós, a maltinha arranje outra maneira qualquer de continuar a foder o Planeta. Desde que se possam pavonear com ela, claro está.

Do Estado Presente das Forças Terrestres Brasileiras


(Leopard 1A5)
De forma semelhante à FAB e à Marinha, as forças terrestres brasileiras sofrem dos mesmos problemas de modernização que o Exército português… Neste contexto, a aquisição de 240 MBT Leopard 1A5 em segunda mão à Alemanha foi importante, já que estes carros de combate devolvem ao exército brasileiro a superioridade terrestre que estava em risco de perder na América Latina e, sobretudo, porque podem ser modernizados para o último padrão do veículo incorporando indústria nacional…
A espingarda de assalto que equipa o exército brasileiro também terá que ser substituída brevemente, estando a Heckler & Kock HK-G36K na primeira linha de possíveis substitutos (a mesma arma usada pela GNR em Timor).
Os blindados EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu, de construção brasileira, estão perto da sua vida útil e terão que ser substituídos brevemente por veículos brasileiros ou adquiridos no mercado internacional.
Por fim, os helicópteros ao serviço do exército também serão reforçados com a aquisição de 40 novas unidades, 28 Mil Mi-171 (transporte) e 12 Mil Mi-35 (ataque), o primeiro helicóptero de ataque a entrar ao serviço no Brasil.
Foto: Reuters
O exército dos Estados Unidos exibiu seus veículos militares no Salão de Chicago (Foto: Reuters)

Carro Lamborghini do exército camuflado

Encontrada estacionada na rua em frente a sua residência uma super lamborghini tunada com motor mexido e pintura do exercito, que mais parece um tanque de guerra.

Gostou? 
Carro Lamborghini do exército camuflado


O Cascavel

EE-9 Cascavél
Veículo blindado de reconhecimento, possui uma tripulação de 3 pessoas (comandante, atirador e motorista). Com uma tração de 6 x 6, o Cascavel foi criado e produzido aqui no Brasil, tem como curiosidade o fato de ter o maior número possível de peças comercializadas no mercado comum de auto-peças. Assim a aquisição de novas peças para manutenção fica mais fácil.
Possui um motor Mercedes Benz Diesel de212 cavalos de força com uma autonomia de 880 quilômetros e pode chegar a 100 Km/h.

O Urutu

EE-11 Urutu
Com muitas peças em comum com o Cascável (Ambos são sucesso de exportação da indústria bélica nacional) o Urutu é, no entanto, ao contrário do 1º, um veículo de transporte de tropas podendo levar até 14 soldados (incluindo o comandante e o motorista).
Também com tração 6 x 6, utiliza motores Mercedes-Benz diesel nacional de 260cv ou Detroit Diesel nacional V-6 de 190cv, com uma autonomia de 750 quilômetros e uma velocidade máxima de 100 km/h.
Tanto o Urutu quanto seu irmão menor, o Cascavel, são sucesso de exportação e possuem uma incrível credibilidade no mercado bélico internacional.

M-113

M-113
Criado e produzido pelos Estados Unidos o M-113 é também um veículo de transporte de tropas blindado. Diferente dos seu primos nacionais, possui uma tração por esteira sob 5 rodas base, uma roda guia e uma engrenagem de propulsão.
Com um motor Detroit 6 cilindros diesel com 275 CV (104 kW) de potência possui uma autonomia de 480 quilômetros e uma velocidade máxima de 66 km/h

M-109

M-109 Howitzer
Desenvolvido pelos Estados Unidos, o M-109 Howitzer é um obuseiro de auto-propulsão. Com um canhão de 155 mm seu poder de fogo pode chegar a uma distância de 36 quilômetros ( a depender do tipo de obus utilizado). Com um sistema de localização a base de giroscópio ( que não depende de satélites como o GPS) o M-109 é a mais moderna peça de artilharia do Exército Brasileiro.
É necessária uma equipe de 8 soldados para operá-lo.
Usando um motor a diesel de 450 cavalos de força, possui uma autonomia de 350 quilômetros e uma velocidade máxima de 56km/h.
Uma curiosidade, este aí da foto acima, sou eu que está pilotando, ou seja, não se meta comigo!

Na frente da Linha Vermelha


Foto Fábio Rossi/ O Globo


Militares patrulham a Linha Vermelha, para chegar a Vila dos Pinheiros, na Maré,
em busca das armas roubadas há 11 dias do quartel do Exército em São Cristóvão
 

Oferta para um jipe

Crônicas Curitibanas
Oferta para um jipe
Desce a Martim Afonso um jipe do Exército. Ele está cercado. São carros por todos os lados. À frente, atrás, à direita e à esquerda. Mas não estão o seguindo. Nem o escoltam. Ele está apenas incluído no trânsito engarrafado das 18 horas. Se ao menos fosse um moderno Hummer ou um tanque E.B11, qualquer tanque, poderia, nos devaneios de seu piloto, passar por cima, atropelando carros populares, sedãs, vãs e trombando em ônibus ligeirinhos. Furaria o sinaleiro, romperia as regras urbanas, perturbaria a ordem de subidas e descidas desta avenida. Mas não é o seu caso. E este jipe tinha que navegar na altíssima velocidade de 30km/h dos demais. Seguir sem ao menos possuir os itens de série do Corolla ao lado. Sem direção hidráulica, bancos reclináveis, sem som com USB, bancos em couro e sem faróis ajustáveis automaticamente. Não possuía nem os opcionais ar-condicionado, embora não tivesse capota, e sem nenhum cinto de segurança.
Ele está a venda. Seu modelo é um Jipe Willis verdíssimo. 1942. Da grife 2a. Guerra Mundial. Já o ano de fabricação deste é 1968. Bom ano. Não paga mais IPVA. Emblemático. Anunciado em uma folha A4 colada em seu tanque. 1968. O ano que não terminou. Da revolução que não houve e tudo mudou. Quanto valor agregado para gabar-se com este novo utilitário: “Tenho um jipe 68 Revolução-Estudantil-Francesa”. Bingo, vendido para um ex-anarquista. Ou “tenho um J-sixty-eight John Kennedy”, comprado por um admirador dos americanos. Tudo com muita história ou lorota. Como algum mentiroso comprador a dizer que o seu Jipe foi utilizado na “Passeata dos Cem mil”, no Rio de Janeiro. Aumenta a oferta. Outro mais mentiroso ainda diz que seu Jipe-68 é africano do início do apartheid. Batido o martelo. Se eu o comprasse, diria que o seu primeiro dono foi mesmo a Ditadura, logo após editar o AI-5 em 13 de dezembro e em 21 deste mesmo mês já estava nas ruas paulistanas a repremir os comedores de crianças. Teve só dois donos. Passou de pai pra filho, da ditadura para a democracia. Um Jipe 1968 a venda.
Para os interessados, seu estado de conservação é excelente. Guiado finamente pelo capitão que o ostenta, mas que o vende. O que passa na cabeça deste general (ou coronel, ou brigadeiro) para se desfazer dum equipamento de guerra e não oferecê-lo em exposição à Praça do Expedicionário? Lá tem caça e míssil, mas nenhum jipe. É mesmo um sacrilégio. É malvadeza capitalista a venda. Vendida por este homem que ostenta um boné verde-escuro com o símbolo do Exército e com a protuberância abdominal digna daqueles nascidos para mandar. Será que quem o comprá-lo terá o mesmo estilo e proeza de andar por aí com garbo e sem o cinto de segurança como este senhor reformado faz? Duvido! Metem-lhe logo a caneta. Encostam-no e rebocam para o pátio do Detran. E lá, no começo, será título de curiosidade. Depois, descuidado, perde a cor, a empáfia e vira mais um ferro velho das idas memórias de 68, das dores de 42. Pois eu, compro-lhe o boné.




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